SOBRE SARNAS DOENÇAS DE PELE

Há alguns tipos de sarna. As sarnas são doenças da pele em humanos (e cães, ferretes, raposas e gatos – nos gatos, sarna notoédrica – “notoedris cati”- altamente contagiosa) e, algumas podem ser transmitidas do animal para o humano e vice-versa (zoonoses). As sarnas são causadas por uma infestação de ácaros.

As sarnas podem ser classificadas como:

  *  sarna demodécica ou sarna negra – causada pelo ácaro “demodex canis”;

  *  sarna sarcóptica ou escabiose – causada pelo ácaro “sarcoptes scabiei”;

   *  sarna terceróide – causada pelo platelminto (considerado um verme achatado) “tricoloris arrudai” – ocorre em menor escala.

Os tipos que mais ocorrem são:

  *  Sarna Demodécica ou Sarna Negra:

Não é considerada uma zoonose. Geralmente, há a contaminação dos filhotes, através da cadela. Esse tipo de sarna, acomete mais algumas raças de cães, que outras: pit bull, pastor alemão, lhasa apso, afegan, staffordshire terrier americano, terrier de Boston, boxer, buldogue, chihuahua, shar-pei, collie, dálmata, doberman, dinamarquês, pug – porém, pode acometer qualquer raça e os srds (sem raças definidas).

Nesse tipo de sarna, as lesões no cão podem ser generalizadas ou restritas a uma área. A forma generalizada, ocorre com maior freqüência em cães idosos com doenças sistêmicas, ou após tratamento com remédios imunodepressores.

Características:

- áreas sem pelo (alopecia) ou pelo ralo na cara, dorso e/ ou membros;

  *  vermelhidão (eritema);

  *  bolhas com pus (pústulas);

  *  hiperpigmentação (escurecimento da pele);

  *  escamas;

  * não há coceira – só haverá coceira, se houver piodermite (condição infecciosa, produtora de pus), ao mesmo tempo.

O cão deverá ser levado ao veterinário, para diagnóstico e tratamento. O médico veterinário fará o diagnóstico raspando um pedaço da pele lesionada e examinando em microscópio, para observar se há o ácaro “demodex canis”.

  *  Sarna Sarcóptica ou Escabiose:

É uma zoonose, além de poder ser transmitida entre humanos infectados. Os ácaros, “sarcoptes scabiei” ficam na camada mais externa da pele e colocam ovos. Os ovos são chocados, as larvas amadurecem e o ácaro adulto recomeça o ciclo. A escabiose é altamente contagiosa, e pode ser transmitida de cães para pessoas por meio do contato direto e vice-versa.

Neste tipo de sarna, a coceira é intensa (prurido).

Características:

  *  coceira intensa (prurido);

  *  as lesões podem ser: eritemas, crostas hemorrágicas e escoriações;

  *  há queda do pelo (alopecia).

Todas as pessoas e/ou animais que tiveram contato direto, devem ser tratados, mesmo que ainda assintomáticos.

O diagnóstico e tratamento, de qualquer tipo de sarna em cães, devem ser realizados pelo médico veterinário.

Segundo a Drª Cristina Alves, médica veterinária, do Hospital Veterinário Principal, Portugal: “o tratamento deve ser personalizado, ou seja, específico para cada caso. Para isso, é necessário conhecer as lesões, tamanho, peso e espécie do animal. O tratamento vai agir em várias frentes, entre elas o controle das
feridas que existem na pele do cão e a desinfecção do local em que vive, o que, eventualmente, pode implicar no isolamento do cão portador da doença.
O mais importante neste caso é não seguir nenhum tratamento por orientação de leigos para não prejudicar a evolução clínica e a eficácia do trabalho do seu médico-veterinário...”

AS DERMATOFITOSES que nada mais são que as dermatoses causadas por fungos, são doenças da pele cujo agente causal é um fungo, também denominado cogumelo, sob cujo nome incluem-se os bolores e as leveduras, organismos inferiores do reino vegetal.  

A Ciência que estuda tais organismos vivos, é a MICOLOGIA, que é um ramo da Microbiologia, esta última estudando também, além dos cogumelos e bolores, também as bactérias, protozoários e os vírus: MICRÓBIOS de uma maneira mais ampla, como eram todos esses seres vivos antigamente e mesmo nos dias de hoje, denominados pelo povo.  

Os franceses empregam para os cogumelos a expressão "champignon", usando também a mesma palavra para designar os fungos comestíveis; Em espanhol usa-se a designação hongo, e na língua inglesa as expressões yeast para levedura e mold para bolor. Os alemães designam os cogumelos tanto por Pilze como Hefepilze.  

Na MICOLOGIA são estudados os fungos e bolores sem a preocupação de separá-los em benéficos e maléficos, pois incluem-se entre os mesmos seres responsáveis inclusive pela fermentação das bebidas alcóolicas, e mesmo para a produção de substâncias químicas utilizadas como medicamentos, como os antibióticos; No entretanto, sendo o nosso propósito apenas as doenças que os mesmos podem causar, serão tais seres agrupados num sub-ramo, que denominaremos de MICOLOGIA MÉDICO VETERINÁRIA.

Na classificação de Engler e Gilg (Syllabus der Pflanzen-familien), mundialmente aceita pelos botânicos, que agrupa o reino vegetal em XIII divisões, os cogumelos estão compreendidos entre os Schizophyta (grupo I), e os Eumycetes (grupo XI), incorporando portanto nove divisões do reino dos vegetais, o que por si diz da magnitude e diversidade desses seres. 

A Micologia geral, estuda esses seres vivos em seus aspectos genéricos comuns, tanto em seus caracteres morfológicos como em suas propriedades biológicas; A Micologia industrial investiga seus agentes de interesse industrial, como aqueles responsáveis pelas fermentações, das quais tem origem as bebidas alcoólicas como a cerveja, o vinho, o Whisky, a cachaça, e os diferentes tipos de álcoois, e produtos de aplicação terapêutica, como os antibióticos, as vitaminas do complexo B e mesmo em química, onde são tais seres utilizados na obtenção da glicerina, ácido cítrico, ácido glucínio, ácido láctico, ácido gálico e ácido fumárico, entre outros. A Micologia agrícola estuda-os sob o ponto de vista de produtores de doenças em outras plantas, e também como fertilizadores do solo, pois importantíssimos processos desempenham os mesmos na degradação de substâncias orgânicas, possibilitando assim aproveitamento posterior por outros vegetais, como nutrientes. Estuda-os a Micologia dos alimentos, principalmente em lacticíneos, pois também colaboram na fabricação de determinados derivados do leite, desde simples queijos até elaborados Iogurtes, Kefires e Qualhadas.  

As Dermatofitoses, também denominadas Dermatofícias, vul-garmente chamadas de TINHAS E EMPIGENS, são causadas por fungos do grupo dos Dermatófitos. Tais seres possuem um biotropismo especial para os tecidos de estruturas queratinizadas, como o são os pêlos, unhas e mesmo a pele, raramente parasitando células vivas, como as do tecido sub cutâneo.  

São, sob o ponto de vista epizootiológico, distribuídos em três categorias:  

ANTROPOFÍLICOS - Primariamente patogênicos para o homem, e ocasionalmente transmissíveis aos animais.  

ZOOFÍLICOS - Parasitas de animais, sendo contudo, capazes de determinar micoses no homem.  

GEOFÍLICOS - Dermatófitos existentes no solo e que, sob determi-nadas condições, podem parasitar os animais e o homem.  

Três gêneros principais, são os causadores das Dermatofitoses:  

MICRÓSPORUM - TRICHOPHYTON - EPIDERMOPHYTON

Sendo as dermatofitoses, zoonoses de fácil disseminação, consti-tuindo-se portanto em problema de Saúde Pública, todos os esforços deverão estar centrados nas medidas de prevenção de sua difusão, não só de animal para animal, como deste para o homem.  

As medidas básicas preventivas baseiam-se no diagnóstico específico, isolamento dos animais infectados e redução ao mínimo do contato homem - animal. Deve-se ter sempre em mente, que os ambientes freqüentados por animais infectados estão também contaminados; Assim, para evitar-se a reinfecção dos animais tratados ou a transmissão da doença aos animais sadios, e mesmo ao homem, é imperiosa a higienização cuidadosa de tais ambientes, antes do alojamento nesses locais, de novos animais.  

TRATAMENTO - Dependerá para sua eficácia, de ser previamente diagnosticado o gênero e espécie causal da doença, pois para cada tipo e agente causal, existem fármacos mais eficientes.  

MICOSES EXCLUSIVAS DOS PÊLOS  

P I E D R A - Também chamada de Tricomicose dos estudantes, ou Moléstia de Beigel, é infeção de natureza fúngica, que ataca principalmente os pêlos do couro cabeludo. É benigna, mas de transmissão fácil, caracterizando-se por apresentarem-se os pêlos parasitados com nódulos de coloração esbranquiçada, de consistência dura e fortemente aderentes, dando a sensação de pequenas pedras quando se passa o pente nos cabelos. Existem dois tipos fun-damentais: A Piedra preta e a Piedra branca, distintas quer pelos agentes causais, que são diferentes, como também por sua distribuição geográfica e epidemiológica; A Piedra preta, causada pelo cogumelo Piedra Hortai, e a variedade branca pelo Trichosporum Beigelii.

Tal denominação (PIEDRA), ocorreu na Colômbia, daí sua grafia em castelhano, porém é também denominada de Tinea nodosa, Tricomicose nodosa e Tricomicose nodular. A variedade branca aparece esporadicamente, sendo pouco contagiosa; Entretanto, a variedade preta tem maior poder de propagação, podendo permanecer visível durante muito tempo, e atacando também a barba.

Os pêlos das axilas e raramente os pêlos pubeanos, podem também ser atacados pela Tricomicose nodular, passando muitas vezes desapercebida, por não causar o corte dos pêlos atacados, e apresentarem-se com colorações diferentes: amarela, vermelha e preta, daí as denominações de flava rubra e nigra.  

T I N E A C A P I T I S - É infeção predominantemente de crianças em idade escolar, difundindo-se com relativa facilidade, devido sua contagiosidade grande, sendo infeção tanto dos pêlos como da pele, atacando na região do couro cabeludo. Dividem-se nos seguintes tipos:  

TINHA FAVOSA - (FAVO OU FAVUS) - Também chamada de Tinha Lupinosa, pode atacar também as mucosas, estas porém raramente.  

Já também assinalada em unhas, em regiões rurais pobres; As lesões são características: o fungo determinando o que se chama godet, formação ao nível do orifício folicular, sendo umbelicado, atravessado por um pêlo de cor amarelada e de consistência friável. De início, determina foliculite (inflamação do folículo piloso), e posteriormente os esporos lesando o folículo piloso, dá formação ao chamado godet fávico, com o pêlo implantado no meio. O cheiro que exala da lesão é comparável ao de uma ninhada de camondongos. Sobrevindo a cura, devido a atrofia cicatricial com a perda de pêlos, processa-se então a alopécia pós fávica, simulando pelada.  

TINHAS TONSURANTES - Estas determinando placas de tonsura, compreendendo: a TINHA TRICOFÍTICA (ou TRICOFITÍA), e a TINHA MICROSPÓRICA (ou MICROSPÓRIA). Estas enfermidades nos homens, são causadas entre nós, predominantemente por uma variedade animal do Microsporum canis, semelhante ao M.felinum, respectivamente parasitas do cão e do gato.

Para o tratamento destas últimas, a roentgenterapia epilatória, ou seja, aplicação do RaioX, têm sido o de melhor resultado.

O T O - M I C O S E S 

Estas, constituem-se em manifestações relativamente freqüentes, tanto em animais, como no homem, e nada mais sendo que uma inflamação do conduto externo do ouvido, causada por fungos.  

A sintomatologia é a mais diversa, dependendo da região do ouvido atacada; Começa quase sempre por simples prurido na região externa do canal auricular, e quando não tratada, evoluindo até o tímpano, acompanha-se então por perda de audição, devido o acúmulo de secreção que acarreta, e sinais dolorosos; Pode progredir até o ouvido médio, e então as conseqüências podem ser graves, e dessa região do ouvido continuar mesmo ao ouvido interno, com sintomas que podem simular sintomas neurológicos, devido a proximidade do cérebro.  

Os fungos mais freqüentemente encontrados nessas infeções, são do gênero Aspergilus, grupos glaucus, niger e fumigatus. Além destes, também dos gêneros Penicilium, Scopulariopsis, Mucor, Rhizopus e Cândida. Muitas vezes associam-se ainda bactérias, principalmente do gênero Pseudomonas, espécie " P. eroginosa", com complicações ainda mais graves.  

Para o tratamento dessas afeções, além da identificação do agente causal, que é efetuada por coleta de material do local, e sua semeadura em meios de cultura apropriados, e posterior identificação pelas características próprias de cada espécie, cuidados especiais são necessários por parte do clínico, com avaliação criteriosa dos vários fatores envolvidos.

 

Esporotricose
Micoses Gamosas

 

 As chamadas Micoses gomosas são infeções de natureza fúngica, produtoras de gomas, isto é, tumores que evoluem para supuração e ulceração. Na maioria das vezes ocorre primeiro na pele uma lesão chamada primária, seguida por linfangite nodular. Na prática tanto médica como médico-veterinária, quase sempre uma micose gomosa ou úlcero-gomosa é sinônimo de esporotricose. No entretanto, outros cogumelos podem também determinar micoses gomosas, porém o cogumelo do gênero Sporotrichum em 95 % dos casos é o agente causal.

São duas as espécies de cogumelos produtoras dessa doença, sendo porém poucas as diferenças entre elas:

Sporotrichum Schenckii Link, 1809.
Rhinocladium Schenckii Sacardo e Marshall, 1885.

São ambos cogumelos cujos habitat natural parece ser representado pelo reino vegetal. Em animais, como cavalos, cães, gatos, coelhos e ratos, ocorre também a esporotricose espontânea. Lutz e Splendore, ambos pesquisadores brasileiros, em 1907 e 1908 isolaram da mucosa bucal de ratos esses agentes patogênicos.

Ao exame direto com microscópio ótico, do pus retirado dessas lesões úlcero-supurativas, apresenta-se o cogumelo sob a forma de pequenos corpúsculos Gram-positivos, quando coradas pelo Método de Gram. Têm eles a forma baciliforme, e em geral encontram-se fagocitados por células gigantes ou polimorfo-nucleares do organismo animal infectado.

Arêa Leão e Goto, recomendam para a verificação do cogumelo, a diluição do pus em 10 a 15 vezes seu volume, com solução fisiológica, e com esse material fazerem-se esfregaços, que devem em seguida serem corados pelo corante Giemsa. Tal coloração não deve exceder 30 minutos. Nesses esfregaços serão então visualizados as formas esféricas do parasita, cercadas de halo claro e com massa cromática corada em violeta, ao lado de formas em naveta. Corpúsculos radiados, em forma de estrela, podem ser observados nas lesões esporotricóticas.

As culturas desses cogumelos são facilmente obtidas, com material retirada das lesões gomosas: Inicialmente brancas, nos meios de Agar-Sabouraud, que com o tempo tornam-se enegrecidas. Podem ocorrer variações grandes dos aspectos dessas culturas, dependendo da composição desses meios, seu pH, substrato e temperatura.

O exame microscópico da cultura revela filamentos micelianos septados, com 2 micras ou menos de diâmetro, ramificados, e aderentes aos mesmos, conídios piriformes, ovóides ou esféricos. Podem disporem-se em grupos esses conídios, nas extremidades de ramificações laterais. O fungo fermenta a glicose, a galactose, a levulose e a sacarose; Não fluidifica a gelatina. Não produz indol e não coagula o leite.

Dos animais de laboratório, o mais sensível é o rato para inoculação e isolamento do cogumelo, nos quais verificam-se quase sempre peritonite e orquites específicas causadas pela infecção.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS - O quadro clínico é muito variado, interessando tanto ao dermatologista, quanto o clínico geral, ao neurologista, oftalmologista e mesmo ao cirurgião geral. Estão essas lesões gomosas difundidas por todo o mundo.

Os especialistas brasileiros Almeida e Lacaz, em 1944, baseados em casos assinalados no Brasil, classificaram essa doença em:

1 - Formas viscerais e em outros órgãos: Forma gomosa, Forma gomosa ulcerada, Forma tuberculoide, Forma sifiloide, Forma Verrucosa, pustulosa, nodular, furunculoide, papilomatosa, ectimatiforme, ulcerosa, úlcero-vegetante, Estomatite, Faringite, Rinofaringite, Laringite, Enterite, Conjuntivite.
2 - Formas tegumentares (cutâneo-mucosa): Lesões pulmonares, lesões osteoarticulares, lesões musculares, lesões hepáticas, esplênica, renais, etc. e sistema nervoso.
3 - Formas mistas: Linfático-tegumentares e Linfático-visceral.
DIAGNÓSTICO DE LABORATÓRIO -
1 - CULTURA - Coleta direta do material da lesão quando externa, ou mediante punção, devendo o material ser semeado em meio de Sabouraud-glicose, em tubos que devem em parte serem deixados mesmo a temperatura ambiente e em parte em estufa .Sistemático e contínuo exame em microscópio do material que vier a crescer nesse meio de cultura, para observação do tipo de cogumelo e suas características culturais.

2 - PROCESSOS SOROLÓGICOS

A - Técnica criada por Widal e Abrami em 1908, chamada de Soro-Aglutinação.
B - Técnica de Moore e Davis.
C - Técnica de Newton Neves da Silva, de 1950.
D - Reações Intra-dérmicas de Bruno e Bloch.
E - Reação Intra-dérmica de Ramos e Silva e Padilha Gonçalves em 1950.

EXAME ANÁTOMO-PATOLÓGICO: Nesse exame histo-patológico, revelam-se três zonas bem definidas na peça anatômica lesada. O centro da lesão é constituído de minúsculos abcessos ou zonas necróticas; em seguida, aparece área formada por células epiteloides e células gigantes, tipo Langhans; Uma terceira zona é constituída por vasos sangüíneos de neoformação e por infiltrado celular (células do tecido conjuntivo, linfócitos, plasmacélulas, etc. Dizemos então, que existem três zonas: a periférica ou sifiloide, a do meio ou tuberculóide e a central ou supurativa.

TRATAMENTO - O primeiro a ser instituido foi o Iodeto por via oral, em doses crescentes e até o limite da tolerância individual. Mesmo após a cura clínica, deve ser continuado esse tratamento por mais duas ou três semanas. É ainda o melhor tratamento para essa doença. A violeta de genciada é também utilizada nesse tratamento, em solução aquosa na concentração de O,5 %, aplicada por via meningeana.

 


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